1-
Acordo no ocaso
2-
chovem pedras caem em fusas sincopadas. a
guitarra, nos solos tenta se desenterrar das pedras
3-
Então encontrei a paz mas ela foi partida por um
tiro (0:41), pessoas correm para lados aleatórios gritando, uma frase brinca
com a outra, uma vence. Então há nova suposta paz mas uma ditadura tensa da
vencedora, agora vilã. Enquanto isso ergue-se seu castelo cinegraficamente 3:49
, o solo volta rindo sua risada imperial (04:09) e depois dita as leis cercado
por seu exército de riffs powerchordicos.
4-
Soluço, beber muita água 0:10, soluço, uma
pessoa reclamando do soluço ouvir de ponta cabeça um computador mais sede e
cuspir a água
5-
Armadilha. serpente dançando ou avançando
rápido. Eles brigam, o caçador, que é o solo, e a serpente, e a bateria/ 3:20 a
serpente fala na língua dela, mas em 3:40 o caçador a arremata forte e
orgulhoso. agora com a serpente morta enrolada em seu pescoço e assim vai
descansar.
6-
Alguns bends incomodam o refrão albinonístico me
dá paz barroca. Essa alegria triste ainda vira samba triste. Tenta ter paz mas
é uma paz triste, coitado, os bends balançando alguns voltam pro mesmo lugar
outros gritam. 3:50 Ele diz “Então tá, a felicidade é isso”.
7-
Dentro de uma indústria, ouço as máquinas a
pressa, a urgência tirânica dos agudos mandantes, todos obedecem sincronizados.
Isso funciona. Depois só a fumacinha saindo do tubo da fábrica.
8-
Teimosia vício, essa obcessão em dar os mesmos
passos, é preciso pensar para onde você está 01:29-01:35 indo, indo, indo. O
tempo todo essa necessidade de ter uma âncora, porto seguro, os pés na areia
estão enterrados, você pensa nas possibilidades frustradas mas não quer
desenterrar os pés. Enterra-os ainda mais em ato de teimosia. Indígenas
aplaudem, isso foi um ritual.
9-
Esses bends que me levam pro mesmo lugar, tudo
parece só um pensamento, de satisfação, trilha sonora da conquista.
Questionamento de mérito, inseguro então, mas se defende: tem mérito. Volta
mais radiante ainda pulando cordas nos dois sentidos.
10-
Agora que chegamos tão longe eu não sei o que
fazer. O fim é uma opção. Agora que nada é como antes, como continuar, se agora
tem tudo isso pequenas notas agudas. Agora que o chão de piano treme 1:51 sobre
nossos pés como continuar 2:14 com esperanças desesperadas 2:36 que falham,
2:42 que falham que falham toda vez 2:57
Vivian, 19/06/2012
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